Sempre fomos dependentes da luta entre a paixão para conquistar algo, contra o medo de fracassarmos.

Herdamos nossas crenças de nossos antepassados, mas é só uma questão de tempo essas crenças se tornarão motivos de risos em uma sociedade mais esclarecida.

Um universo fictício de aparições sobrenaturais e seres espirituais ganharam uma aceitação generalizada.

Apaziguar os espíritos insatisfeitos, gerou uma opressiva prisão sob o medo religioso.

Nossa ética esta fundamentada no certo e errado, e emerge de esforços dedicados: à túmulos, templos, sacrifícios e sacerdócios.

A religião primitiva teve início no acaso, percebido como boa sorte ou má sorte.

Uma preocupação em atrair o azar, ou mesmo um período de boa sorte, era interpretado como prenúncio de infortúnios.

O homem vivia numa nuvem de desespero, que eclipsava cada momento de prazer.

A vida primitiva era um jogo emocionante de apostas, uma aventura emocionante e desgastante, de boa sorte seguida de desgraças.

Não só os caçadores como também os pastores e agricultores, compartilhavam do acaso da sorte, vendo suas colheitas diretamente impactadas por elementos que não tinham controle, tornando-se vítimas de eventos naturais.

Hoje a ciência proporciona aspectos para evitar esses infortúnios, e agora podemos questionar também elementos de nossa filosofia que pede uma nova ótica de interpretação.

Sabedoria de Salomão: (Eclesiastes 9/11)

“Eu voltei e vi que a corrida não é dos velozes, nem a batalha dos fortes, nem o pão dos sábios, nem a riqueza dos homens de compreensão, nem o favorecimento dos homens de habilidade; pois o destino e o acaso todos atingem. Pois o homem não conhece o seu destino, e do mesmo modo que os peixes são colhidos em uma rede má, e os pássaros são apanhados em uma armadilha, também os filhos dos homens caem nas malhas de um tempo mau, quando este se abate subitamente sobre eles”.

Devemos considerar também o versículo bíblico: “Não caem uma folha de uma árvore sem a permissão de Deus”. (Jeremias 32/27).

Atualmente a humanidade reage entre dois poderosos impulsos: sendo a paixão por obter algo sem esforço, e o medo de não receber nada em troca de seus esforços.

A Paixão e o Medo permanecem, o que precisamos é aprender a lidar com eles.

Em todo esse aspecto devemos considerar também: que participamos de um movimento de vida evolucionária, onde existe um momento que passou e onde existe também um momento que se aproxima.

Não é preciso transcender nossa compreensão, apenas aceitar esse momento de transição, afinal; nossa consciência já está preparada para receber uma nova luz.

Rolar para cima