“Tudo é um, de um par em manifestação”.
Evolução quer dizer desdobramento, o processo gradual de desenvolvimento e formação.
Em outras palavras: uma série de mudanças sob a lei natural que implica um processo contínuo de uma estrutura homogênea para uma heterogênea, do uno simples para o diverso e multíplice, em qualidade e função.
Involução é o encobrimento, deixar-se envolver, se ocultar, inserir-se ou ocultar-se dentro de um envoltório.
A doutrina geral da Evolução é aceita pela ciência e por todo pensamento filosófico da presente época e estão sujeitos às investigações e hipóteses.
A evolução abrange todos os campos científicos, e filosóficos, comportamentais, inclusive os campos das atividades Cósmicas.
O que não acontece com a Involução, que ainda não recebeu a devida atenção nas mãos da ciência moderna, mas que já considera que seja um precedente necessário para o verdadeiro entendimento da própria Evolução, ou seja entender o caminho inverso pode nos levar à sua verdadeira origem.
O raciocínio nos leva a entender que ao estudarmos de uma forma profunda em sentido contrário, a Evolução nos leva à Involução, um sentido descendente de dissolução nos levando ao nada.
Quando consideramos que antes que qualquer coisa possa ser proposta, desenvolvida ou expandida, ela deve ter sido imanente, ou que possa pertencer a uma origem.
Em outras palavras: “Aquilo que evolui, como subsequente deve ter estado previamente incorporado ao antecedente”.
Não se pode obter algo que não tenha sido parte agregada de alguma coisa.
Toda árvore partiu e se expandiu de uma semente, por conseguinte um dia teve sua origem na árvore, e isso explica o processo da expansão e retração do processo, ou evolução e involução.
O frango embrionário, envolvido pelo ovo do qual irá evoluir na sequência.
O mesmo acontece com o homem:
Uma manifestação que vai da subjetividade à objetividade, numa série ascendente e descendente de nascimento, vida e morte, e durante certo período é seguido de semelhantes estágios evolucionários ascendentes, e que aos poucos entra num período de descendência que o leva novamente a subjetividade, entrando num período de pausa equilibradora, para dar início novamente ao mesmo processo.
A involução espiritual, física e psíquica caminha por linhas paralelas com a Evolução física.
O processo de Evolução, é o período de Atividade do Ser, a sua Existência ou Expansão.
O processo de Involução, é o processo de retraimento do Ser, quando esse sai do processo de existência corporal para uma existência subjetiva.
Cada Ser possui dois aspectos alternativos de manifestação, onde um está no processo de atividade o outro de existência.
Quando estamos no mundo objetivo o de matéria, um desses aspectos encontra-se em evolução ou expansão, enquanto o outro subsiste num aspecto de inatividade aparente, que caracteriza a involução ou retraimento.
Apesar de alternantes, esses dois modos ou aspectos são perfeitos, e completos, e análogos aos estados de vigília do homem, hora nesse mundo objetivo, ora no mundo subjetivo.
Ao observarmos um mundo como Objetivo o outro como Subjetivo, estamos nos referindo a um mundo material e outro fora da matéria, daí a alternância de manifestação dupla do mesmo “Ser”, com características existenciais e experenciais.
No mundo da matéria uma parte desse “Ser” atua nas experiências materiais, em expansão e evolução, e a outra parte subsiste dentro desse mesmo “Ser” existindo no processo da Involução, retraindo-se, como aquilo-que-está-inserido na matéria, onde empenha-se constantemente em revelar-se e desenvolver-se, na tentativa de libertar-se do emaranhado de sua substância material.
Tudo no Universo é elaborado e dirigido de dentro para fora, e o homem, esse microcosmo é cópia em miniatura do macrocosmo. Um testemunho vivo da lei universal, e do seu modus operandi.