Parece existir dentro de cada ser humano um princípio de auto- negociação. Parece que nascemos com o instinto do comércio, porque estamos negociando o tempo todo instintivamente.

Estamos em negociação constante com a gente mesmo, depois com os outros, depois com a natureza, e até com nosso Deus.

De uma forma muito curiosa, buscamos uma relação equitativa quando vamos distribuir qualquer coisa numa busca de uma divisão justa.

Se temos dois cães, alimentamos cada um com uma parte que julgamos equivalente ao seu tamanho ou à sua necessidade.
Se cortamos um pedaço de bolo para cada um de nossos filhos, dividimos dentro de um padrão que julgamos que seja justo para cada um.

Ao colocarmos água nas plantas dividimos pelo tamanho e necessidade que julgamos necessário.

Quando damos muito atenção para alguém, automaticamente buscamos uma relação de reciprocidade: se estamos dando muito e recebendo pouco, cobramos a outra parte ou diminuímos aquilo que estamos ofertando, seja amor, carinho, atenção, cuidados, ou qualquer coisa que o valha.

De um modo ou de outro exigimos uma compensação por tudo, e não somente das outras pessoas, mas também da natureza em geral, da própria vida, como se ela entendesse essa relação, até mesmo de Deus, e exigimos isso como se estivesse dentro da Lei.

A palavra “Compensação”, significa “o ato de compensar, isto é, de fazer retribuições, recompensar devidamente, retificar, contrabalançar etc.”

Uma busca constante por compensação, para igualar o peso ou as forças, deixar as duas extremidades, os dois lados, em equilíbrio.
Tudo isso acontece somente nos seres com desenvolvimento da inteligência, e seria estúpido cobrar de um animal não pensante.

Os ocultistas sempre ensinaram e reconheceram a importância de se observar o equilíbrio, vivendo de tal modo que o torne possível conseguir manter o equilíbrio moral, racional, e emocional, permanecendo “no caminho do meio.”

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