O discípulo chega para Budha, e pergunta?

Mestre és tão sábio e cheio de sabedoria desapegado e tão cheio de virtudes, porque não divide com os homens, que vivem tão cheios de amargura e ignorância, porque você não dá um pouco dessa sabedoria para aliviá-los um pouco da sua dor, porque não consegue passar para a humanidade, a sua sabedoria, e o seu desapego?

Sidharta Gautama esboça um sorriso, e diz:

Perto daqui existe um povoado, vai lá e pergunte aos pais dessas famílias o que eles mais desejam?

Ao retornar o discipulo responde: de cinquenta famílias, trinta responderam que queriam mais bens materiais, para ter uma vida mais confortável. Desses vinte que sobraram, dez desejavam mais saúde para si e seus familiares, dos dez que sobraram, cinco disseram que queriam casar bem os filhos, os outros cinco, todos disseram que queriam uma vida mais longa.

Sidharta pergunta?

Acabou, só isso, e quantos disseram que queriam sabedoria?

Mestre, ninguém respondeu isso.

Então meu caro, como você deseja que eu de ao homem uma coisa que nenhum deles quer recebê-la.

Não basta que existam mestres prontos a dar, é preciso que exista homens que estejam prontos para receber.

A sabedoria pode se estender pelos quatro cantos do mundo, mesmo assim ela será uma flor que não será colhida por quase ninguém.

Sócrates disse:

– Minha mãe era parteira, e ela nunca conseguir fazer uma mulher dar à luz que não estivesse grávida.

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