Qual é a sua missão nesta vida? A sua eu não sei. Não posso falar da sua vida porque não sei como é sua vida. O que posso fazer: é falar da minha. Quando jovem estudei contabilidade, economia, estatística, depois acabei estudando educação física. Meu primeiro emprego foi no comércio, tomava conta de um pequeno ferro velho e lidava com muito dinheiro em espécie,  depois veio o serviço militar, depois de um tempo saí da polícia do exército onde não quis seguir carreira militar, afinal era uma época de ditadura, e o que via, não me agradava nem um pouco, e  não adianta os historiadores dizerem que não houve ditadura, aquilo era temeroso, e ninguém retrata melhor aquela época que Elis Regina com sua música “O bêbado e o equilibrista”, quando ela diz: “e lá no mata-borrão do céu, chupavam manchas torturantes, que sufoco louco, um bêbado de chapéu coco, fazia irreverencia mil, nas noites do Brasil, e aquilo era horrível. Não foi difícil depois de alguns anos me enveredar novamente no comércio, fui  trabalhar em Banco, era moda na época e trabalhar em banco tinha um certo status, estava na sucessão da gerência quando o filho de um dos diretores assumiu a minha promoção, saí de lá, e voltei para o comércio de ferro-velho que me esperava, primeiro como empregado e depois de um ano comprei aquele pequeno comércio onde o dono não mais queria, não foi difícil. Contava meus vinte e três anos, já era o começo de meu empresariado, trabalhei por vinte anos e tornei-me um dos maiores sucateiros da região, e trazia dentro de mim uma insatisfação muito grande, dinheiro não era o problema, já o tinha mais do que precisava. Havia uma insatisfação interna itinerante, aquela profissão hoje é conhecida como reciclagem, não houve um só dia em que não me questionasse se estaria cumprindo realmente meu papel nessa vida. Curiosamente a vida é como um tecido, enquanto tecido não percebemos que ele é formado por fios e fios entrelaçados, e colocados um por um nesse entrelaçado, que vai formar esse tecido. Num descontentamento com minha profissão agora no comércio de reciclagem, tentei dar um sentido para as coisas, e não conseguia, não bastava ajudar os menos afortunados, dando emprego, fazendo a caridade como manda os bons preceitos, era tomado constantemente de uma insatisfação que me reduzia a uma depressão constante. Acabei com tudo, não queria mais sentir aquelas coisas, então mudei de profissão e acabei trabalhando com ventilação e refrigeração, em outras palavras: exaustão e ar condicionado. Sem perceber novamente estava reciclando, agora era o ar que respiramos, e hoje reciclo ao ar dos cinemas, e shoppings e cuida da qualidade do ar. Entender melhor a vida faz com que desempenhemos melhor nossas atividades do dia a dia, acatando e acolhendo o nosso destino. Reciclar quer dizer: reutilizar, recuperar, reprocessar. Atualizando numa linguagem moderna quer dizer: update, upgrade, modernizar, incrementar, requalificar, aprimorar, aperfeiçoar, avanço, progresso, emancipação, em outras palavras evolução espiritual. Atualmente é isso que faço, reciclo pessoas. E você? Qual é a sua missão nesta vida? A sua eu não sei, e não tenho como saber, mas a minha é: Trazer conforto para você. Fazer com que você se sinta bem. Fazer com que esteja bem onde está, com quem está, fazendo aquilo que quer fazer. A moda agora é assistir filmes e séries na tv. Reparei que os filmes que mais são assistidos pelos jovens, são os filmes de super-heróis. Todos se colocam no lugar do seu super-herói, e querem salvar o mundo. E isso é possível, ou só uma ilusão? Os super-heróis existem? De todos os super-heróis do cinema, só tem um que é verdadeiro. É O SUPER HOMEM. Aquele que vem de outro planeta, possui superpoderes e disfarça-se de humano. Sim isso é possível. Eu sou um super-herói. Um super-herói de mim mesmo. Eu vim para salvar o mundo. De que mundo estou falando? Do meu mundo. Então convido você a salvar o mundo, o seu mundo, sendo o seu super-herói. MINHA MISSÃO: “EU RECICLO PESSOAS, E NÃO IMPORTA A ÁREA EM QUE ATUAM, COM O FIM DE ALINHAREM SUAS VIDAS COM A SUA MISSÃO DE VIDA, ATRAVÉS DO PROCESSO DA AUTO RECICLAGEM”. Para reciclar-se, é preciso começar bem do início, “Nascer de Novo”.

O discípulo chega para Budha, e pergunta? Mestre és tão sábio e cheio de sabedoria desapegado e tão cheio de virtudes, porque não divide com os homens, que vivem tão cheios de amargura e ignorância, porque você não dá um pouco dessa sabedoria para aliviá-los um pouco da sua dor, porque não consegue passar para a humanidade, a sua sabedoria, e o seu desapego? Sidharta Gautama esboça um sorriso, e diz: Perto daqui existe um povoado, vai lá e pergunte aos pais dessas famílias o que eles mais desejam? Ao retornar o discipulo responde: de cinquenta famílias, trinta responderam que queriam mais bens materiais, para ter uma vida mais confortável. Desses vinte que sobraram, dez desejavam mais saúde para si e seus familiares, dos dez que sobraram, cinco disseram que queriam casar bem os filhos, os outros cinco, todos disseram que queriam uma vida mais longa. Sidharta pergunta? Acabou, só isso, e quantos disseram que queriam sabedoria? Mestre, ninguém respondeu isso. Então meu caro, como você deseja que eu de ao homem uma coisa que nenhum deles quer recebê-la. Não basta que existam mestres prontos a dar, é preciso que exista homens que estejam prontos para receber. A sabedoria pode se estender pelos quatro cantos do mundo, mesmo assim ela será uma flor que não será colhida por quase ninguém. Sócrates disse: – Minha mãe era parteira, e ela nunca conseguir fazer uma mulher dar à luz que não estivesse grávida.