A nossa cultura religiosa nos ensinou que fomos expulsos do Jardim do Éden, e estamos confinados a viver num mundo de choro e ranger de dentes. Encarar os problemas do dia á dia, é um trabalho duro, e isso nos leva a ficar presos num círculo de preocupações e reclamações constantes. Reclamar é tão simples, que sem perceber somos envolvidos por fatores externos, como o atraso de outras pessoas, o barulho dos vizinhos, o escapamento estridente da moto lá fora, quando não encontramos vaga no estacionamento. Somos envolvidos sem perceber pelas notícias, quando o movimento político ou econômico não atende nossas expectativas. Vivemos a cultura da reclamação e isso fica muito claro nas redes sociais, um rio de reclamações e mau humor sobre tudo o que é visto como ruim. Somos envolvidos por uma torrente tão forte e sem perceber começamos a ver coisas ruins para a nossa vida. Vivemos um mundo completamente corrupto, e acabamos por ficar, perplexos, intimidados e preocupados. Seguimos sem perceber a linha da menor resistência, e nos juntando aos demais. Existe uma lei cósmica que é “a unidade na diversidade”, somos indivíduos e fazemos parte de um sistema, e quando observado o sistema pertencemos a uma diversidade. O que nos leva a pertencer a uma diversidade que chamamos de grupo ou comunidade, são as características que temos em comum com essa diversidade, e esse é o fator de aglutinação, mais especificamente o que nos une. Esses fatores comuns geram um modo de pensar comuns ao grupo, que acaba gerando uma consciência coletiva. O que presenciamos no mundo real é a manifestação da consciência coletiva, ou mais precisamente de um inconsciente coletivo. Não importa como a informação nos chega, através da internet, no rádio ou televisão, o que estamos presenciando é a manifestação do inconsciente coletivo, vivemos e participamos de uma onda, e somos levados por ela. Todos nós temos pensamentos negativos em comum, medos em comum. Não podemos continuar assim! Afinal somos uma individualidade perdidos na diversidade, e agora você sabe disso. Ao saber disso, saímos da diversidade, e começamos a nos ver como indivíduos, e percebemos nossa presença. Saímos de um inconsciente coletivo para uma consciência pessoal, e você passa a ter consciência de si mesmo, e começa a se importar. Quem importa, traz a mercadoria ou aquilo que interessa para dentro. E esse é um momento importante. Quem dita o seu comportamento é a sua mente subconsciente, onde estão guardadas todas as suas memórias das experiências vividas. Essas memórias foram construídas sobre significados nos sentimentos que tivemos no momento da experiência. Percebe que no dia da experiência você programou sua mente para ter reações àquela experiência, e que sua mente ficou programada para reagir todas as vezes que um fato parecido voltasse a acontecer? Você aprendeu agora que seu cérebro está programado para reagir aos acontecimentos de cada momento. Existem alguns aspectos indesejáveis na vida em que você está programado para reagir, e os resultados não estão sendo satisfatórios. Então é preciso rever sua programação subconsciente, e mudar essa programação, com novas instruções conscientes. Por isso encoraje-se a ter novos pensamentos. É preciso aprender que há um grande bem por trás de tudo, de forma que o mal nunca pode vencer. Em primeiro lugar, aceite aquilo que não pode controlar. Devemos abandonar expectativas irreais de como nós gostaríamos que as coisas fossem, e aceitar a realidade como nos é apresentada. Deixe as coisas serem como elas são, e as coisas que não tem valor desaparecerão como num flash de luz. Para criarmos um novo hábito, só é preciso pegar algo que já fazemos e vincularmos a isso um novo comportamento. Sempre que fizer uma reclamação, mude seu comportamento para gratidão. O trânsito estava horrível, mas sou grato, e estou feliz por chegar bem em casa. Seu filho não está acompanhando o ritmo da escola nas aulas, estou grato por entender que meu filho está cheio de vigor físico e está no tempo dele. Quando você muda o seu foco, o resultado é imediato, você passa de um estado de preocupação com o futuro, e a sensação de ficar para traz, ou de ver o que falta, para um estado de fartura. O que tenho de bom? Que progressos estou fazendo? Que possibilidades existem nesse momento? Você se lembra de tudo o que tem à disposição, e pode usar isso para tornar mais fácil o que precisa fazer. Concentre-se no que você tem, e não no que lhe falta. Jesus fez uma citação: (Mt: 25/29) “Para aquele que tiver, tudo lhe será dado, para aquele que não tiver, até o pouco que tem lhe será tirado”. No exercício constante desse comportamento, sua mente criará um novo hábito, e vai evitar você baixar sua vibração. Vai gastar menos energia, e adquirir equilíbrio emocional, e entrar em comunhão com a realidade. À medida que essas afirmações são repetidas, a mente subconsciente começara a aceitar uma nova programação. Isso cria decisões que direcionam seu comportamento e suas ações para se alinharem com a manifestação desejada. A auto- sugestão é uma forma eficaz de reprogramar a mente subconsciente e assumir o controle daquilo que se deseja manifestar. Pode levar um tempo para que a mente aceite a nova programação, então é preciso ter paciência, e a repetição é um fator essencial nesse processo, pois ela é quem vai criar novas vias neurais.

O movimento perpétuo é claramente impossível no estágio científico em que nos encontramos e principalmente do ponto de vista mecânico. Por conta desse fato, todo movimento mecânico só pode ser explicado se tiver tido origem como Vontade-força. Abrem-se as portas dentro do movimento da física quântica, quando abordada a Vontade-força ao conceber a Energia como o principio operacional da Atividade Cósmica. O conceito humano original de energia surgiu, de fato, de sua experiência com a Vontade nele próprio e em suas atividades. A Vontade é a força-motriz ou a energia que, de mil maneiras distintas, produz a aparência de movimento perpétuo ou de vir a ser. A vontade pode aparecer de forma abstrata ou desejo animal, de acordo com o nível de consciência em que se torna manifesta. A Atividade Cósmica é como um “instinto com vida”, Desejo- Vontade. Uma conclusão lógica inevitável, invariável, e infalível segundo a qual, nos termos da afirmação da Lei da Atividade Cósmica, “ Tudo, no Cosmos é ativo, funcional; uma Atividade subjacente e onipresente, está sempre presente e operante no Cosmos, como um todo e em cada uma de sua partes componentes”.

“Tudo é um, de um par em manifestação”. Evolução quer dizer desdobramento, o processo gradual de desenvolvimento e formação. Em outras palavras: uma série de mudanças sob a lei natural que implica um processo contínuo de uma estrutura homogênea para uma heterogênea, do uno simples para o diverso e multíplice, em qualidade e função. Involução é o encobrimento, deixar-se envolver, se ocultar, inserir-se ou ocultar-se dentro de um envoltório. A doutrina geral da Evolução é aceita pela ciência e por todo pensamento filosófico da presente época e estão sujeitos às investigações e hipóteses. A evolução abrange todos os campos científicos, e filosóficos, comportamentais, inclusive os campos das atividades Cósmicas. O que não acontece com a Involução, que ainda não recebeu a devida atenção nas mãos da ciência moderna, mas que já considera que seja um precedente necessário para o verdadeiro entendimento da própria Evolução, ou seja entender o caminho inverso pode nos levar à sua verdadeira origem. O raciocínio nos leva a entender que ao estudarmos de uma forma profunda em sentido contrário, a Evolução nos leva à Involução, um sentido descendente de dissolução nos levando ao nada. Quando consideramos que antes que qualquer coisa possa ser proposta, desenvolvida ou expandida, ela deve ter sido imanente, ou que possa pertencer a uma origem. Em outras palavras: “Aquilo que evolui, como subsequente deve ter estado previamente incorporado ao antecedente”. Não se pode obter algo que não tenha sido parte agregada de alguma coisa. Toda árvore partiu e se expandiu de uma semente, por conseguinte um dia teve sua origem na árvore, e isso explica o processo da expansão e retração do processo, ou evolução e involução. O frango embrionário, envolvido pelo ovo do qual irá evoluir na sequência. O mesmo acontece com o homem: Uma manifestação que vai da subjetividade à objetividade, numa série ascendente e descendente de nascimento, vida e morte, e durante certo período é seguido de semelhantes estágios evolucionários ascendentes, e que aos poucos entra num período de descendência que o leva novamente a subjetividade, entrando num período de pausa equilibradora, para dar início novamente ao mesmo processo. A involução espiritual, física e psíquica caminha por linhas paralelas com a Evolução física. O processo de Evolução, é o período de Atividade do Ser, a sua Existência ou Expansão. O processo de Involução, é o processo de retraimento do Ser, quando esse sai do processo de existência corporal para uma existência subjetiva. Cada Ser possui dois aspectos alternativos de manifestação, onde um está no processo de atividade o outro de existência. Quando estamos no mundo objetivo o de matéria, um desses aspectos encontra-se em evolução ou expansão, enquanto o outro subsiste num aspecto de inatividade aparente, que caracteriza a involução ou retraimento. Apesar de alternantes, esses dois modos ou aspectos são perfeitos, e completos, e análogos aos estados de vigília do homem, hora nesse mundo objetivo, ora no mundo subjetivo. Ao observarmos um mundo como Objetivo o outro como Subjetivo, estamos nos referindo a um mundo material e outro fora da matéria, daí a alternância de manifestação dupla do mesmo “Ser”, com características existenciais e experenciais. No mundo da matéria uma parte desse “Ser” atua nas experiências materiais, em expansão e evolução, e a outra parte subsiste dentro desse mesmo “Ser” existindo no processo da Involução, retraindo-se, como aquilo-que-está-inserido na matéria, onde empenha-se constantemente em revelar-se e desenvolver-se, na tentativa de libertar-se do emaranhado de sua substância material. Tudo no Universo é elaborado e dirigido de dentro para fora, e o homem, esse microcosmo é cópia em miniatura do macrocosmo. Um testemunho vivo da lei universal, e do seu modus operandi.

Está na essência humana a busca pela riqueza, fama, segurança, enfim a realização de seus sonhos. Creio que todos sentem uma necessidade quando jovem, de sair pelo mundo e fazer algo maior que si mesmo. O que precisamos entender é que não existe nada maior que si mesmo. Realizar um montão de coisas que se parecem com fama, riqueza ou sucesso, faz com que passemos a dar muita importância para a perda. Depois sofremos para aprender o desapego, e tudo acaba fazendo parte da nossa evolução. Existe dentro de mim, uma necessidade de libertar as pessoas de suas tensões, preocupações e aflições. Tenho como guia, minhas respostas emocionais, e quando eu levo meu propósito adiante, eu me emociono. Quando eu toco nesse tema, acontece uma coisa extraordinária, porque as pessoas apresentam suas melhores partes para mim. A maioria dos apresentadores esforçam-se por parecer que estão livres de preocupações, e isso induz as pessoas, e mesmo que momentaneamente a sentirem-se bem. Isso não é verdadeiro, não podemos viver como todo mundo vive, surfando numa onda de ilusão. Ninguém é bom o suficiente, em lidar com suas preocupações sem que não apareça uma onda que o jogue para o fundo. Se quiser um dia ter fama, é preciso aprender a falar coisas que as pessoas querem ouvir. Não quero desapontar suas expectativas, mas é difícil fazer alguém ouvir coisas que não querem ouvir e despertar seu interesse em continuar ouvindo. Sou um grande nada, mascarado de alguma coisa, com um nome. Todos somos personagens que estamos interpretando. Não somos os avatares que criamos, esses personagens estão doentes, de tristezas, falsas alegrias e preocupações. O que precisamos entender é que somos algo muito maior, que se reflete através desses avatares, e temos uma enorme dificuldade de transpassar essa matéria, e é simplesmente isso que causa toda essa agonia. Somos apenas fumaça refletida em um espelho, e tudo está muito longe de ser verdadeiro. Existe uma fome generalizada no mundo, e não é de comida, mas de existir sem embaraços. O que está me impedindo de existir sem embaraços? Ou melhor: Quem está me impedindo de existir sem embaraços. Não existe nenhum poder externo que possa criar embaraços à minha existência, nada, e nem ninguém; só a mim mesmo. Não importa todas as suas conquistas, suas vitórias, porque não vai haver descanso, porque você não vai parar, não existem limites. O que precisa entender que isso é uma maratona onde não tem linha de chegada, porque você não vai parar. Essa corrida é para se chegar a uma meta, e quanto mais próximos estamos dela, mais, nos distanciamos do verdadeiro propósito. Só corremos quando estamos fugindo, e se estamos correndo não é para chegarmos primeiro, é porque estamos com medo. O que mais nos apavora é o sucesso, porque o sucesso reflete: força, grandeza, beleza, e isso tudo é o que queremos. Pense bem: se estamos correndo… É do medo que temos do sucesso. Estamos fugindo o tempo todo, da grandeza, da beleza, da força; e esse é o motivo de estarmos correndo o tempo todo. Todas as vezes que estamos fugindo estamos nos distanciando do perigo que causa medo, e obviamente estamos correndo não para a grandeza, mas da grandeza. Enxergar a beleza, a grandeza, e a força, faz com que todos os nossos objetivos mudem, e com isso todos os nossos propósitos. Temos que aprender que nossos olhos não são só espectadores, mas também projetores. Nossos olhos nos mostram uma segunda imagem que fica distorcida para o nosso entendimento. A verdadeira imagem não é a que está pronta, mas é aquela que você vai projetar. Quando seus olhos projetam a imagem que você tem dentro, você tira de dentro: toda a grandeza, a beleza e a força das quais você vem fugindo. Não deixe o medo escrever sua história, não tenha medo de você, afinal você é seu melhor amigo. Não existe depressão dentro de você, o que existe é: euforia contida, sonhos represados, alegria acorrentada, sementes não plantadas, vida não projetada, medo da sua própria essência. O que você faz o tempo todo é comprar o que o mundo está te oferecendo, e com seu bem mais precioso. O tempo.

Somente alguns segundos. Essa é a janela de tempo que você me concedeu. Se eu demorar mais tempo que isso, perderei a sua atenção. Como se você fosse Deus, você abriu uma janela no tempo. Me concedeu a oportunidade de espiar o seu mundo. Muito obrigado por isso. Sim muito obrigado, porque é assim que eu me sinto. Muito obrigado a corresponder às suas expectativas. Enquanto estiver falando de coisas que você concorda eu tenho a sua atenção. Quando você perceber que tudo o que eu faço é atender meus interesses, a janela de tempo se fecha. Porque você entendeu que sou mais um vendedor de coisas que não quer comprar. Assim são os seres humanos, cada um na busca exclusivamente de seus interesses. Nem eu nem você oferecemos nada de graça pra ninguém. A janela de tempo que você abriu, não foi para mim, e sim para você. Talvez não dê tempo de pensar sobre isso, mas seu ante cérebro sabe do que estou falando, e assim esse Deus deixa mais alguns segundos a janela aberta. Você é o Deus do tempo, abre e fecha janelas. Cada janela aberta é uma oportunidade para o crescimento. Não estou interessado em oportunidades, e sim em felicidade. O tempo concedido não me permite identificar o objetivo, preciso de mais tempo. Ficamos presos numa torrente de informações, e tudo passa mais depressa: O amor, a felicidade. Nessa velocidade só vemos vultos e luzes que passam, e tudo está cada vez mais escuro. Viajamos todos sem saber pra onde, nem sabemos se vamos chegar. Estamos correndo tanto que parece mais uma fuga, de tudo e de todos, mas o medo não passa. Não sabemos por quanto tempo ainda vamos viver assim. Não deixe o mundo das informações dizer quanto tempo sua janela tem que ficar aberta. Afinal o Deus do tempo é você. É preciso desacelerar, para que você consiga alcançar, você.  

Existe uma relação dupla do homem mortal com seu universo. O homem é uma criatura parte da natureza, e ao mesmo tempo, capaz de transcender à natureza. Existe uma parte de mim que considera as coisas mais simples da vida, como aprender uma profissão, casar, ter filhos, carros, casa na praia… Existe também uma outra parte de mim que insiste em transcender os limites e tentar encontrar uma condição mais elevada para este Ser. O homem é finito, todavia, no seu interior reside uma faísca da infinitude. Essa situação dual proporciona muitas situações sociais e morais carregadas de grande incerteza e de uma ansiedade considerável. A vida requer muita coragem para efetivar a conquista da natureza. A vida requer também muita coragem para transcender a si próprio. Todo mortal ao transcender a si próprio normalmente tende a render-se à tentação de deificar a sua própria consciência. Existe um dilema mortal que consiste no fato duplo de que o homem está atrelado à natureza, e ao mesmo tempo possui uma liberdade única de escolha e ação espiritual. Nos níveis materiais o homem encontra-se em estado de subserviência à natureza, enquanto nos níveis espirituais ele é triunfante sobre a natureza, e sobre todas as coisas temporais e finitas. A interrelação de criatura e mente levou o homem a transcender os limites do tempo, conquistando a natureza em proveito próprio. A consciência de um algo superior residindo no homem, como uma alma ou espírito, só foi possível com a atuação de uma inteligência sobre si mesmo. Concebemos de uma forma muito clara a atuação de uma força maior, que consideramos algo que transcende a matéria e nossa inteligência. Nosso espírito alimenta nossa inteligência, e controla toda a energia que propicia a vida. Através da indução do espirito, a inteligência pode controlar a energia através dos potenciais metamórficos das causas e dos efeitos nos domínios físicos. Sua mente pode sim, controlar os efeitos físicos, somente e quando se tornar mestra nos segredos das energias do universo físico. Quando o ser humano quer modificar a sua realidade física, seja nele mesmo ou no seu meio ambiente, ele só terá êxito, na proporção em que haja descoberto os modos e os meios de controlar a energia que flui através de si mesmo.

Há muitos anos atrás, na busca de responder perguntas que me atormentavam, encontrei um homem com idade bem avançada, que proferia uma aula de matemática, no meu curso de contabilidade. Eu nem poderia imaginar que um dia seria um contador, afinal tudo aquilo que estava aprendendo não fazia parte de nada que eu queria para minha vida. Mas isso não tinha muita importância, afinal naquela época, o importante para os pais, era que o filho tivesse uma profissão para garantir o seu sustento. Naqueles dias trabalhar em banco oferecia status, aquele terno e gravata, não passava de uma fantasia para esconder todas as nossas frustrações. Sem perder o foco… Aquele professor de matemática era diferente, chamava muito minha atenção seu modo peculiar de oferecer conhecimento sobre os números. Exemplo: Dizia que o número “Zero”, foi incorporando na matemática muito recentemente, e quando observamos ele na história da humanidade, vemos que ele tornou nosso mundo muito mais sutil. Uma batalha que levou 1500 anos, até ser considerado um número de verdade. O sistema numérico dos Babilônicos a 300 AC, era posicional, exatamente como o nosso sistema hoje, o número 2 quando acrescentado ao 5, torna-se decimal, formando o número 25, mas quando chegasse nos centesimal, o número 205, era representada por um espaço entre o 2 e o 5, ficando assim 2  5, e o incrível era que os Maias a 12.000 km de distância tiveram a mesma ideia. Só que havia um problema, representar o vazio era necessário, pois não era possível determinar quanto de espaço ficaria entre os números, um pouco mais ou um pouco menos não poderia satisfazer uma ciência exata, então foram em busca de um símbolo que pudesse representar o “zero”. No mundo Maia, surgiram várias representações, como um desenho de uma cabeça, de uma folha ou flor, ou até uma figura desconhecida, era como se fosse uma virgula do nosso sistema decimal, é um símbolo que divide a posição dos números, mas não é um número. Criar um símbolo para o “zero” era imperativo, mas o conceito que iria defini-lo foi brilhante, e isso só aconteceu 1000 anos depois e na Índia. Devemos considerar o povo Indiano na sua história e suas crenças, pois para eles o conceito de nada e de eternidade era fundamental, – O Universo nasceu do Nada e a volta ao Nada é o objetivo final da humanidade – por isso, se adaptar ao “Zero” como vazio não foi problema. Mas a história também afirma que o símbolo do zero era a representação de um círculo que representava o “Ouroborus” a serpente engolindo o próprio rabo, e não parou por aí, outros dizem que essa representação era de uma pedra que fora retira do chão onde ficou um buraco em forma de círculo, uma representação de movimento de alguma coisa para nada. Foi no século XV que o “Zero” sofreu sua maior derrocada, e foi proibido seu uso pela Igreja Católica, afinal o “Zero” indicava o “Nada”, um mundo sem Deus. Foi necessário séculos de batalhas religiosas, filosóficas e científicas para que o “Zero” pudesse transcender a matemática mudando para sempre a física, a química e a biologia, onde o “Zero” deixou de ser o “Nada” e transformou-se numa das maiores invenções da humanidade. Fim do exemplo. Aquele professor era diferente, percebe? Foi então que me aproximei dele, e ao perceber minha sede de conhecimento não matemático, ele me disse que me daria um presente, o que aguardei. Foi então que ele me deu uma caixa pequena e vazia, e me disse que levasse ela comigo onde eu fosse por uma semana, e que a trouxesse na próxima aula, e foi quando ele me disse para tirar da caixa um coelho. Disse que era impossível, afinal ele me dera uma caixa vazia, e só pediu que a trouxesse de volta, estando a caixa vazia não poderia tirar nada dela. Então o professor de matemática ensinou-me uma das mais importantes descobertas que fiz: “Só podemos tirar alguma coisa da caixa, se colocarmos alguma coisa na caixa”. Não podemos tirar nada de dentro de nós que não tenhamos colocado. Definição para caixa: Receptáculo para guardar e transportar coisas. Sinônimos para caixa: Caixão, esquife, baú, caixote, canastra, estojo, Arca.

Tudo pode ser falado, tudo pode ser escrito. Tudo passa e tudo passará, o que fica será apenas aquilo que se aproximar da verdade. Portanto tudo pode ser dito e tudo pode ser escrito, o que fica será apenas aquilo que tiver força para edificar o ser humano. O que sobrar se perderá, como tudo que não é aproveitado, será perdido e cairá no esquecimento. Um dia fui criança, depois, tornei-me menino, depois passei a ser homem, e deixei as coisas de menino. Consigo ver ainda aquele menino afetuoso escondido dentro de mim, como se fosse um fantasma. Consigo ver ainda aquele menino correndo com sua turma, deslizando no barro da chuva, num tempo ainda que não existia os brinquedos de brincar. Como diz o cantor Roberto Carlos em sua canção “Força Estranha”, “Eu pus os meus pés no riacho, e acho que nunca os tirei”. Sentimos a vida, assim como o tempo, brincando ao nosso redor, e por mais que achemos que tudo passou, na verdade tudo ficou, só está perdido dentro da gente, afetando todas as nossas decisões, que decidirão nosso futuro. Paulo de Tarso tem razão (1 Cor.13/11e 12), quando diz: 11“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino”. 12 “Agora vemos em parte, mas então veremos face a face, agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido”. Sem que saibamos o ritual da vida em sociedade, nos coloca em posição de passarmos da adolescência para a vida de adulto, e sem o mínimo de preparo. Simplesmente deixamos uma vida rica de sentimentos e aspirações, nos colocando diante de um mundo escrito como se fosse uma peça de teatro, representando papéis que fogem daquilo que verdadeiramente somos. Enterramos todas as nossas querências. As sementes que estão plantadas dentro de cada um, ficarão soterradas em solo sem água, esperando que um dia chova sem que esse dia nunca chegue. Saber que essa criança se encontra dentro de mim, viva, só, e sempre esperando; dá vontade de chorar. Saber onde estamos não parece ser tão difícil, é só olhar para si mesmo, ou alguém apontar e esfregar na nossa cara. Agora, saber o que fazer é que são elas… Podemos garantir que não está difícil de arrumar novos brinquedos… Essa “Força Estranha” está dentro de você, não precisa ter medo, ela só que ajudar…

Uma vez sobre uma porta estava escrito: “Somos o que fazemos, mas, somos principalmente aquilo que fazemos, para mudar o que somos”. Essa frase é de um escritor Uruguaio: Eduardo Galeano. Se você realmente quer saber como se encontra na sua vida, olhe à sua volta, e tudo que está aí é produto de sua própria criação. Se você não está contente com os resultados, é preciso mudar suas atitudes. Para mudar de atitude é preciso pensar diferente. Para pensar diferente, é preciso ampliar aquilo que você sabe. Existe um proverbio Árabe que diz: Se ele não sabe, e sabe que não sabe, é ignorante, ensina-o; Se ele sabe, e sabe que sabe, é sábio, segue-o. Se ele não sabe e pensa que sabe, é louco, foge dele. Particularmente eu prefiro assinalar que existem quatro estágios do saber no ser humano: Você não sabe que não sabe. Depois você evolui para: Você sabe que não sabe. E depois: Você não sabe que sabe. Por fim: Você sabe que sabe. Não importa o quanto você sabe, o importante é: que o que se sabe, sabê-lo bem. Você pode ter certeza que a maioria das coisas que ouve e vê, não são novidades, então porque você não as usa? Porque você usa apenas uma mínima parte de seu cérebro, porque você foi condicionado a pensar apenas o que você aprendeu a pensar. Então é preciso reprogramar sua forma de raciocínio. Você precisa aprender uma linguagem que seja universal. A linguagem universal é só sua, não dá pra dividir com ninguém, ela atende somente à sua necessidade que é a busca pela verdade e o encontro consigo mesmo. A linguagem universal é a linguagem dos “Símbolos”.