O FILHO DE DEUS E A PRECE

O filho da terra nasce pela vontade dos seus pais, e assim também o filho de Deus recebe essa graça, e a nova vida no espírito, pela vontade do Pai que é espirito. A Retidão e o desenvolvimento progressivo do caráter vós o conquistais, mas a filiação ao Pai que estais nos Céus, vós a recebeis como uma graça e por meio da fé. Nenhum filho nada tem a ver quanto a ganhar a posição de filho ou de filha, lembrai sempre que a filiação é uma dádiva que é concedida pelo Pai, através da fé. A adoração é a salvação indicada às gerações mortais que estão na busca do prazer, a adoração é comparada ao ato de sintonizar a alma a captar as emissões universais vindas do espirito infinito do Pai Universal. A prece propicia o deslocar da vida material para a consciência do mundo espiritual, quando sendo com olhar sincero e ardente do filho para o seu Pai espiritual, é um processo psicológico de substituir a vontade humana pela divina, assim a prece transformará aquilo que está sendo naquilo que deveria ser. Os discípulos de Jesus em suas vigílias noturnas, nunca o ouviram orando, o fato é que seu Mestre muito raramente fazia suas preces em palavras pronunciadas, e as preces de Jesus eram feitas no espírito e no coração, silenciosamente. ACESSE NOSSO CANAL NO YOUTUBE Assista esse e outros vídeos em nosso canal. Feito especialmente para você que está em busca de uma nova forma de ver e sentir o mundo com inspirações e exemplos para acrescentar em seu cotidiano. Inscreva-se para receber nosso conteúdo. Clique na imagem para ser direcionado ao vídeo.

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FILOSOFIA, RELIGIÃO

A SEGUNDA VINDA DO MESTRE

Jesus disse aos seus apóstolos: “Vós que estivestes comigo, cuidando dos assuntos do Pai na Terra, deveis agora mesmo desertar o Reino se achardes que não podeis amar o caminho de servir o Pai, servindo a humanidade”. Ouçam essa parábola: “Um grande homem, antes de sair para uma longa viagem, chamou seus servos de confiança e diante de si e passou às mãos deles todos os seus bens. A um ele deu cinco talentos, dois a outro, e um a outro; e assim fez com todos os seus honrados servidores, confiando a cada um, seus bens de acordo com as capacitações variadas deles: então partiu para a viagem. Imediatamente aquele que recebeu cinco talentos começou a negociá-los, e em breve fez um lucro de outros cinco talentos, e assim aquele que tinha dois talentos fez o mesmo e conseguiu mais dois talentos. Assim todos os demais conseguiram ganhos para o seu senhor, exceto aquele que recebeu um talento, este por sua vez cavou sozinho um buraco na terra escondendo ali o dinheiro do seu senhor. Em breve o senhor daqueles serviçais retornou repentinamente e chamou-os para um acerto de contas. Assim o que recebera cinco talentos devolveu os cinco e trouxe mais cinco, o que havia recebido dois devolveu os dois e trouxe mais dois, e o senhor disse: Muito bem feito fieis servidores, fostes fieis em tantas coisas, e agora te entrego muitas outras, entrastes na alegria do teu senhor. Então viera aquele que recebera apenas um talento, e assim disse ao senhor: Senhor eu vos conheço e sei que sois um homem muito severo e astucioso, e esperais ganhos onde vós não trabalhastes pessoalmente, portanto temeroso de arriscar aquilo que a mim foi confiado, escondi com segurança o vosso talento debaixo da terra, e aqui está ele; agora tens o que te pertence. Assim o senhor respondeu-lhe: És um serviçal indolente e folgado, que pelas tuas palavras confessas que sabias que iria exigir-te uma prestação de contas com um lucro razoável, tal como os que teus diligentes companheiros servidores me prestaram neste dia. Tendo conhecimento disso, deverias ter ao menos colocado o meu dinheiro na mão dos banqueiros, para que no meu retorno eu pudesse recebe-lo com juros. Então o senhor disse ao administrador chefe: Tira o talento das mãos desse servidor, que não sabes extrair proveito de nada, e dá-o ao que tem dez talentos. Àqueles que já possuem, mais será dado e terão em abundância, mas para aquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Vós que sabeis dessas verdades, deveis fazer crescer os frutos do espirito e mostrar uma devoção crescente ao serviço desinteressado dos vossos semelhantes, que também são servidores. E lembrai-vos que ao ministrares ao menor dos meus irmãos, a mim esse serviço estará sendo prestado. Assim que deveis cuidar dos negócios do Pai que estás no Céu, agora e sempre e eternamente mesmo. Continuai até que eu venha. Cuidai com fidelidade daquilo que vos foi confiado, e estareis prontos para a prestação de contas da morte. E tendo vivido assim, para a glória do Pai e satisfação do Filho, entrareis com alegria extremamente grande no serviço eterno do Reino perpétuo”. Conclusão: A hora irá chegar quando vos será pedida uma prestação de contas sobre os dons recebidos, e o que deles foi feito neste mundo. Sejam poucos ou muitos os talentos, deveis aguardar um acerto justo e misericordioso. Se os dons houverem sido usados unicamente para benefício próprio, e nenhum pensamento houver sido acrescido para se obter uma colheita maior dos frutos do espírito, como eles se manifestam sempre para a expansão dos homens na evolução constante, esses administradores egoístas receberão as consequências da sua escolha deliberada. “Dai de graça o que recebestes de graça, recebestes a verdade dos Céus e gratuitamente deveis dar, e ao ser dada essa verdade irá multiplicar-se e mostrar a luz que cresce da graça que salva, no modo mesmo como vós a ministrais. (Jesus).

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FILOSOFIA

RASTRO

Rastro é o sinal deixado para traz daquele que passou. Rastro também é uma pista, uma pegada, uma marca, ou mesmo pedaços ou restos da sua passagem. Desde pequenos somos ensinados a cuidar dos nossos pertences, cuidar das coisas que usamos ou utilizamos, porque com certeza precisaremos novamente durante nossa estada no ambiente em que residimos. Aprendemos a não entrar com o pé sujo na casa, lavar as mãos, não sujar a roupa, tomar banho, limpar a sujeira do chão, guardar os brinquedos, ou seja; não deixar rastro, e tudo isso para que? Para quando você for passar pelo mesmo caminho não encontre entraves, ao comer o prato esteja limpo, ao dormir a cama esteja adequada, no ambiente de trabalho não tropece nos detritos e nas ferramentas, ao brincar encontre os brinquedos… Parece tudo muito simples, muito óbvio, mas é tudo uma questão de disciplina, e o reflexo de tudo o que acontece na infância reflete no adulto. Nossa vida parece um círculo vicioso, onde todos os dias parecem iguais, esse tipo de vida nos induz à mesmice, a uma monotonia sem sentido, e que muitas vezes somos inclinados à depressão. Somos todos dotados de uma inteligência que urge para o imediatismo, queremos tudo hoje; não aceitamos o não, queremos agora, e se possível tudo pronto e acabado. Se quebrou, conserta? Não, troca-se. Se está lento, trocamos pelo mais rápido, se está muito usado abandona-se e pulamos para o moderno, se está velho, damos às costas, pois queremos o novo. Somos o reflexo de um povo que acreditou em milagres, em passes de mágica, em superpoderes, em heróis que tudo podem. O verdadeiro messias é aquele que cura, aquele que move montanhas, aquele que salva, aquele que vai assumir o trono e saciar a fome de todos, vai simplesmente nos conduzir ao paraíso, onde não há fome nem ranger de dentes. Esquecemos que para aprender a andar, falar, nascer os primeiros dentes, entender o que é sim e o que é não, demorou no mínimo um ano de vida, não sei de onde veio a ideia de que tudo está pronto. Demoramos anos para estar prontos para a alfabetização, levou tempo para que aprendesse a ler, a escrever, a somar e subtrair, levou mais tantos para aprender a poesia e muito mais tantos para criar a ternura de entendê-las. Como faço para mudar aquilo que sou, os resultados que hoje se apresentam não são satisfatórios, preciso colher resultados melhores. Precisamos sempre encontrar o terreno limpo, sem obstáculos para que possamos seguir em frente. A responsabilidade dos pais na infância é muito grande, pois tanto a falta como o excesso podem ser prejudiciais ao homem do amanhã, e todos somos o reflexo da nossa educação, desde os primeiros passos. A falta de amor pode deixar marcas de frustração até o fim de nossos dias, como o amor em excesso pode prejudicar, e exaltar prejudicialmente a ideia da própria importância. O amor equilibrado, juntando a inteligência com a sabedoria, podem levar pais inexperientes, a procurar ajuda dos mais experientes na educação dessa semente que procura a vida. A falta de disciplina na criança até oito anos de idade pode gerar: adolescentes revoltados à procura de um idealismo fácil de ser conquistado, procurando facilitar os meios de crescimento, tanto financeiro como intelectual, procurando atalhos ou uma via rápida para a ascensão. Esse tipo de velocidade que a juventude procura, deixa rastros evidentes e marcantes, que os levam a tropeçar nas próprias consequências de seus atos.

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FILOSOFIA

MANCHAS NEGRAS

Ao observardes o mundo, lembrai-vos de que as manchas negras do mal, que podeis ver, se destacam sobre o fundo branco do bem último. Vós não vedes meramente manchas brancas do bem, mostrando miseravelmente sobre o fundo negro do mal. Quando há tantas verdades, tão boas, a se fazerem publicas e proclamadas, porque deveriam os homens insistir tanto no mal do mundo, só porque ele parece ser um fato? As belezas dos valores espirituais da verdade geram mais prazer e são mais enaltecedoras do que o fenômeno do mal. Do mesmo modo como a ciência busca a técnica pela experimentação, o homem busca aproximar do belo, da verdade, da lealdade ao dever, e da adoração pela perfeição, através do guiamento e discernimento espiritual interior, e é o amor, o guia verdadeiro para o discernimento autêntico.

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FILOSOFIA

MENTE GREGÁRIA

Por sua natureza animal, a mente humana é gregária por autoproteção. Gregária vem de grei, que significa grêmio, associação, comunidade especifica, em outras palavras rebanho. Então a mente gregária do homem responde ao circuito à que está confinada. Quando você cruza os seus limites, as suas fronteiras, a sua mente se expande até os limites dessa nova conquista. Eu não posso pegar na sua mão e fazer você cruzar as suas fronteiras, você é que determina esse salto. Nós não editamos informações para você, você é quem edita informações para você. Quando o homem resolve lançar uma ponte sobre o abismo existente entre a lógica intelectual que procura reconhecer uma Primeira Causa Universal, ou seja o Criador, encontramos: Apenas três elementos na realidade universal que é o fato, a ideia, e a relação. A filosofia inclina-se a ver essas atividades como sendo, razão sabedoria e fé, uma realidade física, outra intelectual, e outra realidade espiritual. A consciência religiosa identifica essas realidades como ciência, filosofia e verdade. O nosso hábito é designar essas realidades como coisa, significado e valor. A maçonaria descreve esses valores como: força, beleza e sabedoria. Definindo tudo numa linguagem simples: mundo material, mundo mental, e mundo espiritual. O homem já adquiriu a consciência de que existe um mundo físico, ou mundo material. O homem também sabe por sua natureza inteligente que governa esse mundo material através da sua mente. Essa mente inteligente já detectou um mundo superior que rege tanto o mundo material, como o mundo mental. Todos aprendemos que dois pilares não sustentam uma edificação. Para a matemática um mais um é igual a dois, mas no mundo quântico um mais um é igual a três. O mundo físico mais o mundo mental é um princípio gerador do mundo espiritual, e o inverso é verdadeiro, o mundo espiritual e gerador do físico e mental. A compreensão progressiva dessa realidade equivale a uma consciência de identidade com a realidade, uma experiencia que torna esse “eu” completo, da inteireza desse “eu”, da totalidade desse “eu”. A somatória total da vida humana é o conhecimento de que: – O homem é educado pelos acontecimentos, – Enobrecido pelo conhecimento, – Torna-se completo pleno e salvo pela sabedoria. A certeza física consiste na lógica da ciência. A certeza moral, na busca pela sabedoria, através da filosofia. A certeza espiritual, na verdade de uma experiencia pessoal religiosa autêntica. A nossa inteligência pode alcançar níveis de discernimento espiritual próximo dos valores de divindade, simplesmente porque ela não é totalmente material. Tudo isso quer dizer que há um núcleo espiritual na mente do homem.  Existe a presença de uma inteligência superior residindo na mente material.

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FILOSOFIA

O QUE VOCÊ QUER?

Tenho um amigo e irmão que diz sempre: eu venho aqui por interesse. Na realidade o que você procura é potencializar seus pontos fortes, minimizar suas dificuldades, e beneficiar seus negócios. Vivemos um transtorno psicológico da ilusão da grandeza, do poder, da superioridade, e de realizar feitos grandiosos. A verdade é inacessível pelo conhecimento, pois o conhecimento é pura invenção de um transtorno psicológico que é a mania de ser deus. Insistimos em criar a nossa verdade, e quereremos ser donos da verdade, como se isso fosse possível. A verdade já existe, e o que existe não precisa ser criado. Teomania é o desejo profundo e mascarado que todo ser humano tem de ser reconhecido como divino. Já pensou como é intrigante o fascínio que temos pelo poder dos super-heróis. O desejo de ser deus faz parte da natureza humana desde que os protótipos humanos chamados na bíblia de Adão e Eva pecaram. “A serpente afirmou: vocês não morrerão coisa nenhuma, Deus disse isso porque sabe que depois que vocês comerem a fruta desta árvore os seus olhos se abrirão e vocês serão como Deus, conhecendo o bem e o mal”. Ficou assim inserido na personalidade, o desejo humano de exercer o poder e o controle sobre o que os cercam. A doença, o mal, o erro começa a existir a partir do momento em que o homem passa a usar a sua vontade, para criar um mundo conforme a sua imaginação. Temos que entender que somos o resultado de uma criação e não o seu autor. Conscientização é um fenômeno que poderemos perceber através do método apropriado, que Sócrates e o próprio Cristo nos ensinou: a dialética. Definição de dialética de uma forma simples e rudimentar, seria a contraposição de ideias gerando novas ideias.

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FILOSOFIA

PASSADO, PRESENTE E FUTURO

O ser humano é memória. Quando tentamos nos localizar no tempo e no espaço, para justificar a nossa existência, é preciso se perguntar: O que está atrás de tudo isso? Que trajetória me trouxe a esse lugar? Qual o suporte histórico que constrói esse hoje. Para responder a essas perguntas precisamos olhar para trás. Não há possibilidade de se compreender sem observar o seu histórico, observar a sua biografia. Quando fazemos isso, o passado torna-se uma bagagem desconhecida, mas uma coisa que insiste em se fazer presente. Essa relação de presente buscando o passado não é tão simples. O ser humano que está presente é o ser humano do passado, são todas as experiências do passado vivendo no presente. Fica muito claro que passado e presente são a mesma coisa, ou seja: o passado emerge no presente. O que importa não é o passado factual, mas o passado que se apresenta, que se manifesta. Esse passado que não quer ficar no passado, precisa ser compreendido, senão adoecemos. Fazer uma investigação criteriosa existencial, é de extrema importância pois assim estaremos cuidando dos motores da vida presente, afinal um motor deficiente não pode te levar longe. Estamos olhando o tempo todo para trás, na tentativa de compreender, organizar e dar um significado para o que se viveu. Não é só o passado que dá sentido ao presente, mas o presente dá sentido ao passado. O passado é significado no presente. É vivendo à luz de novas experiências que podemos dar um novo significado às nossas experiências já vividas, àquelas que estão travando nossos motores para seguirmos nossa viagem para o futuro. Há uma inversão no tempo, o presente influencia o passado, o passado é vivido no presente e ressignificado. O passado passa a ser experimentado de um modo tão novo que não é exagero dizer que ele foi alterado. O presente é uma memória, uma meditação da própria vida, e quando fracassamos em dar uma coerência para a nossa história, nosso motor começa a falhar. A vida é uma narrativa, e precisamos contar bem a nossa história, para nós mesmos e para aquelas pessoas que nos são importantes. Quando há uma fragmentação na nossa narrativa, perdemos o fio condutor e adoecemos. Somos contadores de nossa história, guardamos no íntimo a razão dos fatos e a lógica que rege a narrativa. O presente e o futuro. O ser humano é projeto. Um passado sem coerência e significado, faz com que o futuro se apague.

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FILOSOFIA

MUNDO INCÓGNITO

Um dia cheguei para o psicoterapeuta e lhe disse: – “gostaria muito de estar, sei que estou, mas não sinto essa conexão com o agora”. Isso chama-se cognição, em outras palavras, temos a necessidade de ligar os pontos, de criar conexão com tudo o que está acontecendo, temos uma necessidade de trazer mais luz à nossa consciência, porque senão parece que estamos vivendo um filme. Sentimos mesmo vivendo um filme no qual insistimos em ser o protagonista, o ator principal. A vida é uma narrativa, e temos a necessidade de contar bem a nossa história, para nós mesmos e para aquelas pessoas que nos são importantes. Quando tentamos fazer isso, precisamos nos localizar no tempo e no espaço, todos os livros de história fazem isso, começam em algum lugar e num determinado tempo. Porque fazemos isso? Para justificar a nossa existência, e aí nos perguntamos: Onde estou? Qual o fator cognitivo para essa pergunta? Que quer dizer, o que está por traz de tudo isso, qual trajetória trouxe-me a esse lugar, que suporte histórico constrói esse hoje? Para responder a essas perguntas precisamos olhar para traz. Não há possibilidades de compreender sem observar o nosso histórico, observar a nossa biografia. Quando fazemos isso, o passado torna-se uma bagagem desconhecida, uma coisa que insiste em se fazer presente. Essa relação de presente buscando o passado não é tão simples. Se prestar bem atenção, esse ser humano que está presente é o ser humano do passado, ou seja: todas as experiências do passado, vivendo o presente. Em outras palavras: o ser humano é memória. O passado emerge no presente, e aí passamos a viver o passado no presente, e o passado e o presente passam a ser a mesma coisa. Esse passado não é factual, mas é um passado que se apresenta e se manifesta no presente. Um passado que não quer ficar no passado, que precisa ser compreendido, senão adoecemos. Fazer uma investigação criteriosa existencial, é de extrema importância pois assim estaremos cuidando dos motores da vida presente, afinal um motor deficiente não pode te levar longe. Estamos olhando o tempo todo para trás, na tentativa de compreender, organizar e dar um significado para o que se viveu. Não é só o passado que dá sentido ao presente, mas o presente dá sentido ao passado. O passado é significado no presente. Há uma inversão no tempo, o presente influencia o passado, o passado é vivido no presente e ressignificado. O passado passa a ser experimentado de um modo tão novo que não é exagero dizer que ele foi alterado. O presente é uma memória, uma meditação da própria vida, e quando fracassamos em dar uma coerência para a nossa história, nosso motor começa a falhar. Quando há uma fragmentação na nossa narrativa, perdemos o fio condutor, é como uma engrenagem com um dente quebrado. Quando a narrativa se desenrola e chega na parte que não está resolvida, pulamos essa parte. Quanto mais resolvido estiver o nosso passado, melhor desenvolvemo-nos no presente. Somos contadores de nossa história, guardamos no íntimo a razão dos fatos e a lógica que rege a narrativa. É vivendo à luz de novas experiências que podemos dar um novo significado às nossas experiências já vividas, àquelas que estão travando nossos motores para seguirmos nossa viagem para o futuro. Um passado sem coerência e significado faz com que o futuro se apague. O presente e o futuro. O ser humano é projeto.

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FILOSOFIA

O PARADOXO HUMANO

O homem tem uma relação dupla com a natureza. O homem é parte da natureza, ele existe na natureza, e ao mesmo tempo é capaz de transcender à natureza. Enquanto corpo o homem é finito, enquanto alma ou espírito ele é infinito. Essa situação proporciona um potencial para o erro enquanto corpo, e também um potencial para a perfeição enquanto espírito. Essa dicotomia social e moral está carregada de grande incerteza e de uma ansiedade considerável. Esse dilema está atrelado ao fato de um estado de subserviência à natureza, e ao mesmo tempo à uma liberdade única da escolha e da ação do espírito, que o torna triunfante sobre todas as coisas materiais e temporais finitas. Essa conquista da natureza requer uma coragem que pode sucumbir ao orgulho que sente de si próprio, o mesmo orgulho que o faz transcender e deificar a sua própria consciência. Esse paradoxo de perfeição e imperfeição tomado pelo orgulho e arrogância leva o homem ao erro constante. A mente humana só pode controlar a energia por meio da manipulação inteligente dos potenciais metamórficos das causas e efeitos nos domínios físicos, e faz isso na medida que se torna mestra nos segredos da energia do universo físico. O homem pode mudar a sua realidade física, seja nele ou no meio ambiente, e somente obterá êxito na proporção em que haja descoberto os modos e os meios de controlar a matéria e dirigir a energia. A mente sem assistência é impotente para influir sobre o mundo material, exceto no próprio mecanismo físico ao qual está vinculado. O uso inteligente do mecanismo do corpo pode criar outros mecanismos de relações energéticas e relações vivas, e com a utilização das quais essa mente pode controlar e até dominar o seu nível físico no universo. A ciência é a fonte dos fatos, e a mente não pode operar sem fatos, e esses fatos edificam blocos na construção da sabedoria, que vão sendo cimentados edificando o nosso templo interior. A expansão do conhecimento material permite uma maior apreciação intelectual dos significados das ideias e dos valores dos ideais. A capacidade do homem de transcender a si próprio é uma coisa que o distingue do reino animal. Preste muita atenção ao orgulho, porque ele é o causador de decepções tanto para o indivíduo, quanto para um grupo, uma raça ou uma nação, e é literalmente verdade que: “o orgulho vem antes da queda”. O conflito interminável dessas duas naturezas, a urgência da ambição em oposição a indolência animal; os ideais de um povo superior trespassados pelos instintos de uma raça inferior; os altos propósitos de uma grande mente, antagonizados pelo impulso de uma hereditariedade primitiva; a visão ampla de um dirigente perspicaz desse espirito condutor contrafeita pela visão estreita de uma criatura do mundo do tempo e do espaço; os planos progressivos de um ser em ascensão, modificados pelos desejos e aspirações de uma natureza material; os lampejos da inteligência universal, cancelados pelos comandos da energia química da raça em evolução; o impulso assistido da perfeição em oposição às emoções de um animal; o aperfeiçoamento de um intelecto, anulado pelas tendências do instinto; as aspirações ao que há de melhor sendo obliteradas pela inconstância do pior, o voo do gênio, neutralizado pelo peso da mediocridade, a arte a beleza manchada pela impureza, a pujança da saúde neutralizada pela debilidade da doença, a fonte da fé poluída pelos venenos do medo, o manancial da alegria amargurado pelas aguas da dor, a felicidade da antecipação desiludida pela amargura da realização; as alegrias da vida sempre ameaçadas pelas dores da morte. Tal é a vida nesse planeta! E ainda assim com a união consciente desse espirito, dessa alma estamos sobrepujando ascender aos salões do julgamento de uma vida sem par. Atender ao eco distante desse espirito ou alma dotada de perfeição, mesmo sabendo que ela não pode alterar materialmente a nossa luta, que ela não pode alterar as durezas da vida, nesse mundo de trabalho extenuante. Esse residente pode apenas refrear-se pacientemente, enquanto lutais na batalha da vida neste planeta, mas podemos se quisermos trabalhar, lutar e suar e permitir que esse valente e esperançosa alma lute conosco e para nós. Somente assim poderemos ser confortados, seduzidos e cativados, e permitir que ela nos mostre e ilustre os motivos reais e o objetivo final e o nosso proposito nessa vida, sempre visando a montanha acima, contra os problemas banais desse mundo material atual. Enquanto lutamos corpo a corpo com as dificuldades temporais e materiais, porque não permitir que esse espirito nos fortaleça com as verdades espirituais do poder cósmico, Enquanto caminhamos cegos com as dificuldades, e perplexidades da hora presente. Enquanto estamos sendo afogados na nevoa das incertezas que assediam a nossa jornada, porque não permitimos a ser esclarecidos e inspirados pelo ponto de vista universal, espiritualizando o nosso modo de pensar ainda que nossos pés continuem nas rotas materiais dos empreendimentos da matéria.

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FILOSOFIA

ERA DOS DADOS

Se você não está pagando pelo produto, é porque você é o produto. O produto é a leve, gradativa, imperceptível mudança em nosso comportamento e percepção. Um mercado que negocia o futuro do ser humano. Qualquer tecnologia avançada é indistinguível da magia. Quando algo é considerado uma ferramenta, ela fica lá esperando ser usada. Quando não é uma ferramenta ela exige coisas de você, fica te seduzindo, manipulando e pedindo que faça algo. A tecnologia deixa de ser uma ferramenta para se tornar um meio de sedução, manipulação e vicio. Só existem duas industrias que chamam seus clientes de usuários, a indústria das drogas e dos softwares. A geração “Z”, os nascidos em 1996, foram os que cresceram com as mídias sociais, durante sua adolescência, e se tornaram uma geração frágil, deprimida, sujeita à depressão. Eles sentem-se menos confortáveis se arriscando, hoje existem menos jovens em busca de sua carteira de motorista, menos experiências românticas, encontros, está acontecendo uma atrofia em lidar com a vida. “Aceitamos a realidade do mundo ao qual fomos apresentados”. E isso está explícito no filme “Show de Truman”. Não podemos nos esquecer que a vida é chata.

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