Existe uma platéia ouvinte, e existe também nessa platéia uma passividade passiva, e uma passividade ativa.

Definição para passividade: falta de ação, inércia, omissão, indiferença.

A passividade passiva compreende aquele que está omisso, ao tempo de vida dele que está sendo desperdiçado.

A passividade ativa, aparece como tarefa, pensar no que “tentou ser dito”, e depois falar, porque existe nobreza e trabalho no esforço de dizer depois o que se compreendeu.

Não é a tarefa do analista: escutar para depois falar?

O narcisismo só será rompido se aceitar o que o outro está dizendo.

Devemos exercer um papel preponderante na dimensão cumulativa da cultura.

Não existe um lugar isento e seguro de riscos na interpretação.

O caminho é circular e repleto de correções, a interpretação é repleta de leituras que se aperfeiçoam.

Escutar para entender, ler para compreender, um ideal importante em um mundo marcado por um narcisismo que fala para não ser entendido, que ouve para mal compreender.

Falar difícil muitas vezes é confundir profundidade com águas barrentas.

Se o ouvinte nada entende do que foi dito, se nenhuma ideia fica em sua mente, o orador corre o risco de passar a impressão de querer parecer um ser especial, que sabe o que ele não poderá saber, isso chama-se mistificação, ou mesmo parecer ter o desejo de aparecer.

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